IV - HOMENAGENS
Justíssimas são as homenagens devotadas ao Padre
Miguelinho por todo o País, mediante a designação de ruas, v. g., nas cidades
do Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Fortaleza, Feira de Santana,
Caruaru, além de, como não poderia deixar de acontecer, em Recife, Mossoró e
Natal. Curioso
perdurar nalguns logradouros o título de Frei.
Tal ocorre, segundo ficou explicado inicialmente, porque foi sob essa forma que
ele se ordenou, apenas depois passando a secularizar-se Padre.
A denominação de Frei
também foi, em Natal, atribuída pelo governador Alberto Maranhão a uma
escola no Bairro do Alecrim, vindo a transformar-se na Escola Estadual
Instituto Padre Miguelinho quando tornada instituição de ensino de 1º e 2º
graus. E o Palácio da Câmara de Vereadores natalense o homenageia com igual
nomenclatura.
Em Pernambuco, há uma cidade com seu nome, que dista 114
Km de Recife. Fundada em 1928,
localiza-se no agreste, possui área de 212.7 Km² e população de 14.293
habitantes, conforme o censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE.
No Rio Grande do Norte, o Padre já foi nos mesmos moldes
distinguido: o Decreto-Lei estadual nº 268, de 30 de dezembro de 1943,
determinou que o município de Santo Antônio, desmembrado de Goianinha em 1892,
passasse a se chamar “Padre Miguelinho”. Cinco anos depois (1948), essa cidade
voltaria à denominação original, resultando desfeita a reverência.
Em Natal, na praça André de Albuquerque, foi erguido um
obelisco contendo, no lado do polígono virado para a igreja de Nossa Senhora da
Apresentação (Igreja Matriz, conhecida por Catedral Velha), duas placas de
bronze com os seguintes e respectivos dizeres: “MICAELI J DE ALMEIDA CASTRO ET
ANDRE’AE DE ALBUQUERQUE MARANHÃO MULTA PRO PATRIA LIBERTATE PASSIS QUAM ET
FORTITER MORIENDO EXTULERUNT CONCIVES SUI CENTESIMO OCCURRENTE ANNO HOC
MONUMENTUM POSTERIS COLENDUM”; e “Aqui, a 25 de dezembro de 1599, foi realizada
a missa de fundação da Cidade do Natal”. No lado virado para a igreja do Galo
(ou de Santo Antônio), vê-se outra placa de bronze e lá esculpidas as bandeiras
da Revolução de 1817 e da República, posicionadas em forma de “X”, encimando as
seguintes datas: 6.III.1817 e 15.XI.1889. No lado voltado ao Rio Potengi, uma
quarta placa com as inscrições: “XVII – XII – MDXCVII EXPUGNATORUM ‘ HUC ‘DUCE
‘ E ‘ MASCARENHAS ‘ HOMEM ‘ APPULIT ‘ CLASSIS ‘ QUI ‘ HANC ‘ PRIMI ‘ REGIONEM ‘
OCCUPARUNT”.
O nosso Estado ainda o celebra cantando-lhe em uma das
estrofes do seu hino oficial, redigido por José Augusto Meira Dantas e musicado
por José Domingos Brandão:
Rio Grande do Norte esplendente,Indomado guerreiro e gentilNem tua alma domina o insolente,Nem o alarde o teu peito viril!Na vanguarda, na fúria da guerraJá domaste o astuto holandês!E nos pampas distantes, quem erra,Ninguém ousa afrontar-te outra vez!Da tua alma nasceu Miguelinho,Nós, com ele, nascemos também,Do civismo no rude caminhoSua glória nos leva e sustem!
Venerações semelhantes dirigiu-lhe o médico, jornalista,
influente político, deputado e senador da República, Dr. Pedro Velho de
Albuquerque Maranhão, que, em um de seus admiráveis discursos, evocou a figura
imortalizada de Miguelinho, a ele se referindo como representativo de “lição de altivez e um patrimônio de coragem”.
Dorian Gray traduz em poema o grande gesto:
A letra é minha/ disseste. / A que faltara / é certo / cresce em seu nome / mais que ele todo / ou o sobrenome. / Uma letra apenas / resume/ toda a fibra / de um povo. / É a ideia / que não morre / uma letra cresce / como uma rosa / deste hemisfério/ sul /uma rosa / transcontinental/ toma esta sala / de julgamento. / Mais evidente/ que a reunião/ desses tenentes. / Maior que a afirmação / do Conde dos Arcos / de que a letra / não era dele. / A rosa-ideia / de sua mão / é desmedida / afirmação. / Alcança as margens/ transborda os rios / caminha pelas / estradas deste Brasil./ Aponta erros / e omissões / faz mais digno / o nosso irmão. /Da execução fez-se o pranto. / Da morte fez-se o grito. / Da exceção fez-se o crime / que transcendente este registro. / Da dor fez-se o lamento / e mais que o lamento / fez-se visível a verdade / e a necessária liberdade. / Com sua bandeira sua arma / a palavra fez-se aos surdos / e aos cegos. A máscara dos opressores caiu mais uma vez / multiplicada. Negras cabeças roladas / pelas escadas, negras cabeças decepadas. / A flor da verdade abriu no peito / uma luz transfigurada. Nascida da dor, insubmissa, que o Reino /e a fúria dos dragões acentuava. / O crime fez-se história, fez-se legado / em tanto sangue derramado. / Fez-se Pátria alevantada / o ouro ser contido, e o sangue / ingênito fez-se rio profundo / nas veias do homem brasileiro.
Ao longo do Brasil, enfim, fazem-se odes ao Padre,
deleitando-nos estes versos de poema escrito por Azuir Filho e colegas da Turma
do Social da Universidade de Campinas/São Paulo:
Cheio de amor até o fim, Divina luz no seu rastro.Padre Miguel Joaquim, o amigo de Almeida Castro.Da cidade de Natal é natural, Rio Grande é louvor.Padre Miguelinho ideal, Revolucionário Professor.
Em órbita maçônica (Miguelinho, relembremos, era pedreiro livre), refiro-me à homenagem
consubstanciada no uso de seu nome para identificar a quarta Oficina fundada na
Capital do nosso Estado.
De acordo com palestra proferida pelo honrado irmão Wober
Lopes Pinheiro,
no transcurso do “jubileu de prata” da Loja Padre Miguelinho, fundada no ido
1953, a maçonaria natalense era composta por apenas 3 (três) Lojas, quais, as
Beneméritas e Benfeitoras “21 de Março”, “Filhos da Fé” e “Evolução 2ª”
(instaladas, respectivamente, em 1836, 1899 e 1906). Sob a
lente do palestrante, isso demonstrava um certo desânimo do movimento maçônico
no que dizia respeito aos trabalhos doutrinário, cultural, filosófico,
filantrópico, material e social.
Esse fato levaria a que alguns novos obreiros,
possuidores de mentalidade renovadora, mas revelada sempre de modo respeitável
e fraternal, se reunissem e promovessem a 06 de agosto daquele ano a denominada
“1ª Sessão Preparatória Pró-Fundação da Loja do Alecrim”, sendo este,
extra-oficialmente o seu título distintivo inicial. Ao encontro teriam
comparecido os seguintes e valorosos irmãos: Hegésippo Reis de Oliveira
(cognominado o HIRAM potiguar, por haver capitaneado a construção ou reforma
física de históricos Templos em nossa Capital); Salvador Fernandes de Sena;
Bianor de Andrade; José Fernandes Sobrinho; Wober Lopes Pinheiro; Elias Lustosa
de Souza; Dr. José Francisco da Silva; Anísio de Souza; Tte. Teófilo Otoni;
Demócrito Coriolano de Medeiros; e Clementino Câmara.
No dia 13 dos mesmos mês e ano dera-se a 2ª Sessão
Preparatória, à qual compareceram mais os irmãos José Veríssimo; Lourival
Araújo de Carvalho; Cap. Gualter Gonçalves Lopes e Sérvulo Pires Galvão Neto.
No dia 20 imediatamente posterior, houve-se a 3ª, acrescida dos irmãos Tte.
Miguel Flores e Celso Dutra de Almeida. Uma semana depois, aconteceu a 4ª,
somada pelos irmãos Inácio Meira Pires; Clodoaldo Xavier e Severino Barbosa de
Lucena. E, no dia 07 de setembro de 1953, instalou-se a “Loja Frei Miguelinho”,
cuja nomenclatura, sugerida pelo Irmão Hegésippo Reis e aprovada na aludida 2ª
Sessão Preparatória, foi alterada para “Loja Padre Miguelinho” na Sessão de
Instalação, por proposta do irmão Dr. Luiz Antônio, assim retratada na referida
palestra do jubileu de prata:
(...) Ainda com a palavra, aquele Pod.’. Irmão propôs e justificou a substituição do Título Distintivo da nossa Loja, de FREI MIGUELINHIO, para PADRE MIGUELINHO, explicando que o frade Fr. Miguelinho de SÃO BONIFÁCIO, popularmente conhecido por FREI MIGUELINHO fora secularizado por numa Bula pontifícia, tornando-o, assim, Padre Secular, e que, com essa dignidade, passou à História, na sua ingente luta pela Maçonaria e pela Independência do Brasil, por cujas causas deu a vida num paredão de fuzilamento. (...). (Publicação citada).
Quando do 37º aniversário dessa Loja, o respeitável Irmão
Élio Fernando de Carvalho Gibson, verbalizava oração de onde destaco as
seguintes palavras:
(...) Nos 37 anos de viagem desta nau, os rumos foram desviados e corrigidos tantas vezes quanto foram, as tormentas que acometeram a Pátria, a região e a Maçonaria, porém o carisma do nome do Padre Miguelinho esteve sempre presente, fazendo-nos retornar à rota correta.--------------------------------
A inspiração da escolha do nome do Pe. Miguelinho para nosso patrono deveu-se, principalmente, pela maneira como o mesmo se comportou após o fracasso da Revolução, esmagada pelas tropas portuguesas. (...).
Já nas celebrações do 51º aniversário da mesma Oficina,
incumbiu ao estudioso e muito sábio Irmão Severino Nogueira de Melo a oratória
comemorativa, da qual extraio estes dizeres sobre o nosso patrono:
(...) Foi deste modo que começou a história desta Loja Maçônica, que adotou, como patrono, a figura do Padre Miguelinho, um pastor de almas e mártir de um povo. Sem sombra de dúvida, perfeita escolha, visto a vida deste Padre se coadunar com o espírito revolucionário e inovador daqueles que pugnaram por sua Instituição.(...).
Meus valorosos irmãos, acabei de retratar a pessoa do
Padre Miguelinho no contexto histórico de sua existência terrena, que nos é
hodierna, resultando salientada a prática de gestos filosoficamente
humanitários, corajosos, altruístas, querençosos, prestadios, solícitos,
benfazejos, magnânimos, benignos, prezáveis, visionários, progressistas,
vanguardistas, em suma, de positiva construção da personalidade. E eu concluo
afirmando que o sigilo inerente à nossa sublime Ordem nada mais é do que o
estudo, a conjugação, a meditação, o aprendizado, a introjeção e a prática
desses valores. Este é o segredo da Maçonaria.
M.’. M.’. George Macedo Heronildes.
- A “Oração Acadêmica” foi localizada, em sua publicação
original, pelo meu Irmão e M.’. M.’, profundo pesquisador, Núbio Fonseca de
Melo.
- A transcrição da certidão de batismo do Padre
Miguelinho foi feita pelo Irmão M.´. M.’. Manuel Rodolfo da Silva (bacharelado
em História e qualificado em paleografia pela UFRN – Universidade Federal do
Rio Grande do Norte).
- “O Padre Miguelinho e Outros Temas Cascudianos”,
“Coleção Centenário de Luís da Câmara Cascudo”, vol. 5, Fundação Vingt-un
Rosado, “Coleção Mossoroense”, série “C”, vol. 947, ano 1997, seleção e
organização de Raimundo Soares de Brito.
- “Padre Miguelinho: O Intelectual, O Professor, O
Revolucionário – Vozes Que Se Fazem Ouvir”. Dissertação de Mestrado da Professora
Keila Cruz Moreira, Natal-RN, 2005, Catalogação da Publicação na fonte,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN/Biblioteca Central Zila
Mamede.
- “Conversa em Tempo de Mutirão sobre Francisco Pinheiro
de Almeida Castro”, Fundação Vingt-un Rosado, “Coleção Mossoroense”, série “C”,
vol. 1080, ano 1999.
- A discórdia sobre o mês de nascimento do Padre
Miguelinho persiste na atualidade, conforme se observa na seguinte publicação
jornalística: “O padre
Miguel de Almeida e Castro nasceu na cidade do Natal, no dia 17 de setembro de
1768, sendo seus pais o capitão Manoel Pinto de Castro, português, e D.
Francisca Antonio (sic) Teixeira. Foi
batizado em 3 de dezembro de 1768, na Matriz da Apresentação.” In: “Insucesso da Revolução: Padre
Miguelinho, um Potiguar idealista.” Coleção História do Rio Grande do Norte.
Fascículo 6:Independência do Brasil, publicado em 04 de maio de 2009.
Disponível:http://tribunadonorte.com.br/especiais/historiarn/historiarn_paginterna.php?id=150121.
Acesso: 09/05/2011. Igualmente menciona o mês de setembro A. Tavares de Lira,
no livro História do Rio Grande do Norte, pág. 797, citado por Boanerges Soares
na obra “Padre João Maria”, Natal, 1956.
- “O Livro das Velhas Figuras”, vols. III e VI, editados
pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, nos anos 1977 e
1989, de Luís da Câmara Cascudo.
- “História da Revolução de Pernambuco de 1817”, Casa
Civil de Pernambuco, 1969, de Muniz Tavares, anotado por Oliveira Lima.
-[1] “Padre Francisco de Brito Guerra, Um
Senador do Império”, 2ª edição, Fundação José Augusto, ano 1968, de José
Melquíades.
- “Entre os trabalhos estrangeiros impressos que ajudam o
estudo da revolução de 1817, avultam dois que são verdadeiramente preciosos
para reconstituir, literariamente, a sociedade coeva e a época dessa agitação
política. São as ‘Notas Dominicais’ de L. F. de Tollenare e as ‘Viagens’ de
Henry Koster. Ambos eram negociantes ilustrados e observaram a terra e a gente
com curiosidade, inteligência e benevolência.” (In: Anotação de Oliveira Lima
contida à pág. 231 da citada obra de Muniz Tavares. A respeito do francês,
registrou Costa Porto, em prefácio à fl. VII da mesma Obra, que os seus
escritos mantiveram uma linha serena de imparcialidade, pois consistiam em uma
espécie de “diário íntimo” e, portanto, sem nenhuma intenção de pousar para a
posteridade. Porém, ressalta, seria “pouco favorável a uma revolução da qual só
via o lado inquietador”.
- “História Secreta do Brasil”, vol. I.
- “ITAMBÉ
– Berço Heróico da Maçonaria no Brasil”, editora Maçônica “A Trolha”, 1ª
edição, ano 1996, de Assis Carvalho.
- “A Maçonaria e as Revoluções Pernambucanas”, Gráfica
Editora Aurora, Ltda., ano 1970, de A. Tenório de Albuquerque.
- “A
Noiva da Revolução – O romance da República de 1817”, 2ª edição, Cominigraf
Editora, ano 2006, de Paulo Santos de Oliveira.
- “A Outra Independência – O federalismo pernambucano de
1817 a 1824”, Editora 34, 1ª edição, ano 2004, de Evaldo Cabral de Melo.
- “O Que é Ideologia?”, 18ª edição, editora brasiliense,
ano 1984, de Marilena Chauí.
- “Capítulos de História Colonial – 1500-1800”, Editora
do Senado Federal, 1998, de Capistrano de Abreu.
- “Breves ensaios sobre a História da Maçonaria
Brasileira”, Editora Maçônica “A Trolha”, 1ª edição, ano 1993, de Francisco
Guilherme da Costa.
- “1796 – Fundação, em Pernambuco, do ‘Areópago de
Itambé’, que não constituía uma verdadeira Loja, pois, embora criado sob
inspiração maçônica, não era totalmente composto por Maçons; 1797 – Fundação da
Loja ‘Cavaleiros da Luz’, na povoação da Barra, Bahia (que ainda precisa de comprovação); 1800 –
Criação, em Niterói, da Loja ‘União’; 1801 – Instalação da Loja ‘Reunião’,
sucessora da ‘União’; 1802 – Criação, na Bahia, da Loja ‘Virtude e Razão’; 1804
– Fundação das Lojas ‘Constância’ e ‘Filantropia’; 1806 – Fechamento pela ação
do Conde dos Arcos, das Lojas ‘Constância’ e ‘Filantropia’; 1807 – Criação da
Loja ‘Virtude e Razão Restaurada’, sucessora da ‘Virtude e Razão’; 1809 –
Fundação, em Pernambuco, da Loja ‘Regeneração’; 1812 – Fundação da Loja
‘Distintiva’, em São Gonçalo da Praia Grande (Niterói); 1813 – Instalação, na
Bahia, da Loja ‘União’; 1813 – Fundação de uma Obediência efêmera e sem suporte
legal – que alguns consideram como o primeiro Grande Oriente Brasileiro –
constituído por três Lojas da Bahia e uma do Rio de Janeiro; 1815 – Fundação,
no Rio de Janeiro, da Loja ‘Comércio e Artes’; 1818 – Expedição do Alvará de 30
de março, proibindo o funcionamento das sociedades secretas, o que provocou a
suspensão – pelo menos aparente – dos trabalhos maçônicos; 1821– Reinstalação
do Loja ‘Comércio e Artes’, no Rio de Janeiro; 1822 – 17 de junho: fundação do
Grande Oriente).” José Castellani.
- Na discussão sobre se o Areópago de Itambé
representaria Loja Maçônica ou apenas entidade cultural, temos que Castellani,
a meu ver deselegantemente (pois qualifica determinados irmãos como autores
bisonhos, bissextos e pobres tupiniquins), na publicação “Fórum de Debates”, A
Trolha/janeiro 96, nº 111, pág. 22, “corrige” o irmão Odilon Carlos Donida,
(que escrevera sobre a origem do GOIERN), afirmando não se tratar Itambé de
sociedade maçônica. De maneira mais educada, o irmão Raimundo Rodrigues, do
Oriente de São Paulo, comunga deste mesmo entendimento, contudo, registra que o
Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente Independente do Pernambuco, Irmão Antônio
do Carmo Ferreira, afirma o contrário, em ordem a aquele Grande Oriente haver,
retomando o curso da história, REINSTALADO em 1980 o Areópago, e mais, como a
oficina “berço da maçonaria brasileira”. (Cfr. “Cadernos de Pesquisas Maçônicas
6”, Ed. A Trolha, 1994). E o irmão A. Tenório d’Albuquerque, forte na obra “O
Brasil Heróico em 1817”, de Alípio Bandeira, referindo ao Padre João Ribeiro,
assevera que este “foi iniciado pelo
ex-carmelita descalço Dr. Arruda Câmara, no Areópago de Itambé. Foi uma das
muitas iniciações por transmissão realizadas no Brasil no princípio do século
passado. Infelizmente muitos falsos maçons ignoram o que seja iniciação por
transmissão. São incapazes de explicar como chegava um maçon vindo da Europa, à
determinada localidade, onde não havia outro maçon e, dentro em breve, lá se
instalava uma Loja.” (In:
“A Maçonaria e as Revoluções Pernambucanas”, Gráfica Editora Aurora, Ltda., ano
1970, pág. 119).
- “História Econômica do Brasil – 1500-1820”, 4ª edição,
Editora do Senado Federal, 2005, de Roberto Simonsen.
- “1822”, ano 2010, Editora Nova Fronteira, de Laurentino
Gomes.
-
“Constituições Brasileiras”, vol. I, 2ª edição, Editora do Senado Federal, 2001,
de Octaciano Nogueira.
- “História do Rio Grande do Norte”, Coleção “História
Potiguar”, Editora da UFRN, 3ª edição, 2008, de Tavares de Lira.
- “Como Nasce o Direito”, Tradução de Hiltomar Martins
Oliveira, Editora Líder Cultura Jurídica Ltda., 2001, 2ª edição, Francesco Carnelutti.
- “Insucesso
da Revolução: Padre Miguelinho, um Potiguar idealista.” Coleção História do Rio
Grande do Norte. Fascículo 6:Independência do Brasil, publicado em 04 de maio
de 2009. Disponível em http://tribunadonorte.com.br/especiais/historiarn/historiarn_paginterna.php?id=150121.Acesso:
09/05/2011.
- “Os Mártires
Pernambucanos”, do Padre Joaquim Dias Martins, ano 1853, apud “Simplesmente Humanos”, do historiador Manoel Onofre Júnior.
- Quanto à condenação do Pe. Miguelinho e à absolvição do
bispo Azeredo Coutinho, o Desembargador José Albano Fragoso, em documento de 19
de julho de 1817, protestou: “Segundo o
plano de Justiça Distributiva envolve contradição condenar à morte o Padre
Miguel sem repugnância porque secretário e sentir remorsos quando se trata da
primeira Dignidade Eclesiástica que ali residia, membro, segundo se diz, de
empestada seita, vilipendiando-se e esquecendo-se da supremacia do seu
magistério, que desce a ponto de tornar órgão de iniquidade recomendando ao
clero e o povo sua baixeza, prostituição no que faz ofensa ao Rei, ao Protetor
da Igreja ao Defensor dos Sagrados Cânones. Por isso mesmo que com seu exemplo
fez vacilar a crença dos fiéis pernambucanos vendo no seu pastor um apóstolo da
sua doutrina, apóstolo da pestifera, se deve penetrar a profundidade da ofensa
feita à Monarquia Portuguesa, que conservada ilesa desde os primeiros reis
assim se deve transmitir à posteridade e por isso não é digno de perdão um tal
atentado.” (“Documentos Históricos”, coleção da Biblioteca Nacional,
dirigida pelo Prof. José Honório Rodrigues, vol. CVII).
- “Viva o Povo Brasileiro”, Alfaguara, 4ª ed, de João
Ubaldo Ribeiro.
- “Natal – Uma Nova Biografia”, 1ª edição, editora
Infinita Imagem, ano 2011, de Diógenes da Cunha Lima.
- Em Natal, sob a ótica do sentido Ribeira/Cidade Alta, a
rua Frei Miguelinho se inicia no cruzamento da avenida Engenheiro Hidelbrando
de Góes com a rua Silva Jardim e acaba no cruzamento da Tavares de Lira com a
Dr. Barata, este último, nascido na Bahia e, consoante já aqui consignado,
outro valente líder da Revolução de 1817, que, da senilidade à morte residiu
nesta Capital.
- A casa onde nasceu Miguelinho está localizada na
esquina esquerda inicial da rua nomeada em sua homenagem e nela, a 1906, foi
aposta uma placa de bronze com a seguinte inscrição: “1768 17 de novembro /
1817 12 de junho. QUOD SCRIPSI . SCRIPSI. Ao insigne patriota Miguel Joaquim de
Almeida e Castro. Frei Miguelinho. O povo do Rio Grande do Norte, em
comemoração cívica, no 89º aniversário de tua morte gloriosa, ufana-se de
perpetuar nesta lápide, solenemente posta no próprio lugar em que nasceste, teu
nome immortal de heróe e martyr. 1906”
- “Padre Miguelinho”. Disponível: http://www.overmundo.com.br/banco/padre-miguelinho-1817. Acesso: 26/12/11.
- Jornal maçônico “O MESTRE”, ano I, suplemento, setembro
de 1978.
- Tratando-se do Estado do Rio Grande do Norte, a segunda
Loja Maçônica mais antiga é a “24 de Junho”, fundada em Mossoró no ano de1873.
Cf. fl.
05 deste discurso, especificamente o 4º parágrafo.
Em Natal, sob a ótica do
sentido Ribeira/Cidade Alta, a rua se inicia no cruzamento da avenida
Engenheiro Hidelbrando de Góes com a rua Silva Jardim e acaba no cruzamento da
Tavares de Lira com a Dr. Barata, este último personagem, nascido na Bahia e,
consoante já aqui consignado, outro valente líder da Revolução de 1817, que, da
senilidade à morte residiu nesta Capital.
In: “Padre João Maria”, escrito por Boanerges Soares, Natal, 1956, págs. 61/63,
especialmente pág. 61.
In:
“Padre Miguelinho”. Disponível: http://www.overmundo.com.br/banco/padre-miguelinho-1817. Acesso: 26/12/11.
Publicada
em “O MESTRE”, ano I, suplemento, setembro de 1978.
Tratando
do Estado como um todo, a segunda Loja Maçônica mais antiga é a “24 de Junho”,
fundada em Mossoró no ano de1873.