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17 novembro 2009

O Orador da Oficina Maçônica



Substantivo, masculino, do latim “orator”, designa o indivíduo que discursa em público, o pregador, o indivíduo que sabe e pratica as regras da eloquência. Em Loja Maçônica, o Orador é a quarta dignidade, depois do Venerável e dos Vigilantes. Na Loja, ele é o representante do Ministério Público Maçônico, cabendo-lhe defender e aplicar a Legislação Maçônica em todas as oportunidades, sendo, por isso, denominado “Guarda da Lei” (do dicionário de José Castellani).


A Eleição do Orador deve selecionar entre os possíveis candidatos, o mais capaz, que tenha facilidade em falar, que tenha, pelo menos, alguns conhecimentos jurídicos civis e Maçônicos e que, dentre os Obreiros candidatos, tenha respeito e anuência da totalidade. Como os Vigilantes, ele é a autoridade de dirigir, sem permissão, a palavra à Venerança e “interromper” qualquer discurso dos Obreiros que estejam com a palavra. Trata-se de um cargo de relevante valor, pois a disciplina violada é por ele advertida, com o direito de cassar a palavra imprudente. 


O orador substitui, na oportunidade da abertura do Livro Sagrado, ou da Lei, na ausência de “Past Master”, delegação que não pode ser dada a outro Obreiro. Embora a Irmandade em Loja deva ser coesa e respeitosa, sucede, não raro, o surgimento de discussões estéreis e sem nenhum liame com a Filosofia da Ordem, e então, o Orador deverá tomar todas as providências possíveis na “defesa” da Venerança e da Vigilância.


Os Diáconos, que representam papéis ditos “de ordem”, são especificamente os transmissores da palavra “privada” da Venerança aos Vigilantes, ou seja, das comunicações sigilosas e discretas. Cabe a eles também disciplinar a postura dos Obreiros ou as inconveniências que sucedem durante os trabalhos. Podem se deslocar sem a necessária permissão da Venerança de seu posto, colocando-se à frente do “infrator” e, com seu bastão, aplicam um golpe de advertência: se o Obreiro insistir em seu indevido perturbador, quem substituirá a advertência é o Orador, que solicitará à Venerança, caso necessário, que o infrator “cubra o Templo”. Felizmente essas ocasiões são raras... Porém, soem acontecer.


Uma definição sábia de Orador feita por V. Pilusio (Simboli e Simbolismo Massonico – Edizione Amenothes), que o Blog do GOIERN transcreve no original italiano: “Ol’Oratore, assimilabile al sole, rappresenta la conoscenza diretta e intuitiva, che brilla di luce própria ed è quindi attiva”.

Artigo adaptado da Revista Palavra Maçônica

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