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15 novembro 2015

Os Santos Reis


Ir.̇ . Antônio Gomes da Silva*
Grão-Mestre Adjunto do GOIERN

Agradecendo e prestigiando o valoroso convite do Venerável da Aug.∙. e Resp.∙. Loja Simb.∙. “Obreiros de Santos Reis”, Ir.∙. Carlos Magno Bezerra Cortez e a todos os obreiros dessa Loja que comemora, nessa data, mais um ano de existência e o quarto de sua fundação – o que ocorreu em 12 de novembro de 2011, tendo sido regularizada em 2 de abril de 2012, estando jurisdicionada ao GOIERN   ao mesmo tempo destaco que me sinto honrado com tamanha deferência em poder, nesse momento, falar sobre o assunto que me foi solicitado e que se intitula com o nome dessa Loja, com muita justeza, ou seja, Santos Reis.
Historiar sobre algo ou alguém não é fácil, principalmente quando o assunto nos remete a algo tão significativo, que é retratado nas interpretações da Bíblia, sobre o maior acontecimento cristão, ou seja, o Nascimento do Menino Jesus, ainda mais numa cidade que leva o nome abençoado de Natal e, com muita sapiência, comemora o advento do dia dos Reis Magos.
Pois bem, segundo a Tradição Cristã, esta solenidade é para nós mais significativa, em certo sentido, do que o próprio Natal, embora este seja mais celebrado por todos. 
Na época do nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, numa localidade judaica, em Belém, de uma mãe judia, de nome Maria, vivíamos o auge da decadência da humanidade - a situação social, política e moral não tinha classificação. O mundo era invadido por sentimento de desprezos, ódios e invejas. A civilização antiga não vislumbrava uma solução para a crise que lhe minava os fundamentos.
Um antigo documento conservado nos arquivos do Vaticano, lança uma certa luz, embora indireta e sujeita a caução, sobre os Reis Magos que foram adorar o Menino Jesus na gruta de Belém. O documento é conhecido como a “Revolução dos Magos”. 
Provavelmente seja algum documento “apócrifo”, ou seja, de livros não incluídos pela Igreja Católica na Bíblia. Portanto, não são canônicos, não está nos livros sagrados admitidos pela Igreja Católica e que constituem a Bíblia.
Só recentemente, o documento da “Revelação dos Magos” foi traduzido do siríaco antigo pelo Dr. Brent Landau, professor de Estudos Religiosos da Universidade de Oklahoma dos Estados Unidos, que dedicou dois anos para decifrar o frágil manuscrito.
O episódio da epifania, ou seja, a manifestação divina relativa a festa cristã que desde o século V comemora o aparecimento dos Magos – “Mago não significa bruxo ou feiticeiro, no contexto bíblico significa sacerdote ou sábio” – como circunstância da primeira manifestação de Cristo aos gentios. 
Os magos eram potentados ou reis. Segundo o apóstolo Mateus, eles vieram do Oriente, conduzidos por uma linda e brilhante estrela. Segundo São Tomás, a estrela que foi avistada pelos Reis Magos tinha sido criada por Deus para aquela circunstância, não no ceu, mas na atmosfera, com o objetivo de manifestar a realeza celeste do menino que nascera em Belém.
De certa maneira, presume-se que a distância percorrida não deve ter sido grande. Naquele tempo a viagem era feita em camelos com uma comitiva à pé, percorria-se de 30 a 40 km por dia. As estradas eram precárias, com muitos imprevistos como animais ferozes, assaltantes, condições de hospedagens deficientes, ou seja, era uma aventura penosa e arriscada.
Os três Reis Magos foram identificados como: Melquior (tinha 70 anos, cabelos e barba branca, tendo partido de Ur – terra dos Caldeus), Gaspar (era mais moço, tinha 20 anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio) e Baltasar (era Mouro, usava barba cerrada, tinha 40 anos e partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz).
Seus nomes têm significados precisos que nos ajudam a compreender suas personalidades. Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”; Gaspar significa: “Aquele que vai inspecionar” e Baltasar traduz-se por: “Deus manifesta o Rei”.
Os três representavam as três raças humanas existentes em idades diferentes. Neste sentido, eles representavam os reis e os povos de todo o mundo.
Também seus presentes têm um significado simbólico. Melquior deu ouro ao Menino Jesus, o que, na Antiguidade, queria dizer reconhecimento da nobreza, pois era presente reservado aos reis.
Gaspar ofereceu-lhe incenso ou olíbano em reconhecimento da divindade. Este presente era reservado aos sacerdotes. 
Por fim, Baltasar fez um tributo de mirra em reconhecimento da humanidade. Mas como mirra é símbolo de sofrimento, veem-se nela preanunciadas as dores da paixão redentora. A mirra era presente para um profeta. Era usada para embalsamar corpos e representava simbolicamente a imortalidade.
Desta maneira, temos o Menino Jesus reconhecido como Rei, Deus e Profeta pelas figuras que encarnavam toda humanidade.
Segundo o Professor Landau, o “apócrifo” diz que “a estrela no fim transformou-se num pequeno ser luminoso de forma humana, que foi Cristo, na gruta de Belém.”
A festa da adoração dos Reis Magos ao menino Jesus recebeu o nome de “Epifania do Senhor”. Epifania vem do grego e significa:  “Aparição; fenômeno miraculoso.”
Pois bem, meus amados Irr.∙., a festa se comemora no dia 6 de janeiro, ou seja, 12 dias após o Natal, ou dois domingos após o Natal, dependendo do Calendário Litúrgico usado.
De maneira que podemos relatar aos senhores que a denominação desta Aug.∙. e Resp.∙. Loj.∙. Simb.∙. Obreiros de Santos Reis é do ponto de vista técnico perfeita. 
Cabe a nossa referência e reverência aos seus 33 mestres maçons que a fundaram. Hoje, ela detém a sua estrutura com o quadro composto por 31 Mestres, um Companheiro, sete Aprendizes e um Conselho Deliberativo. O seu Rito é o Brasileiro que é voltado ao civismo da Pátria amada. 
Com certeza, diante da ebulição que vive a Nação Brasileira, com as transformações constantes que não nos cabe nesse momento relatar, esta Loja deve estar vivendo as intempéries do infortúnio corrente nesse País. 
A Maçonaria, neste novo milênio, está inserida e concatenada em todos os princípios e recantos do mundo moderno e contemporâneo. Sua participação é decisiva para que tenhamos um mundo melhor, porém, a sua atuação é discreta sem maiores arroubos, mas constante, denotando ou representando o bem, a tolerância, a harmonia, a sensatez na busca do que há de melhor para o homem em sociedade.
A Maçonaria é envolta de questionamentos em segredos históricos, filosóficos e ritualísticos, daí o porquê de manter-se fortalecida. Por guardar na simplicidade dos seus métodos, na riqueza de seus ensinamentos e na beleza de seus mistérios princípios basilares que norteiam a aproximação humana.
Meus Irr.∙., diante de todo o arrazoado exposto, e dentro do corolário que a Maçonaria exige de todos nós, o que de melhor temos, buscando sempre a perfeição dos homens que a fazem, só nos resta concordar com o grande filósofo francês Voltaire, quando afirmou: “Não concordo com nenhuma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-las”.
Nessa frase se encerra o que o maçom deve ter e por em prática para obter o sucesso nas suas ações: a tolerância, a aceitação, a paciência e por último a humildade.
A Maçonaria Universal nos ensina que nada mais é impossível. Afinal qual é o objetivo da vida, crer na verdade ou procurá-la? A Maçonaria, através da história, mostra-nos que sabemos muito pouco sobre o nosso passado, que dirá sobre o nosso futuro. 
Por isso que o nosso presente nos dará o norte através das ações que desencadearão o amanhã. Sejamos, desde já, fortes e decididos, delimitando através da ética, com bastante denodo ou coragem, o que seremos no amanhã, fazendo da Maçonaria a Instituição que possuirá as condições necessárias para assegurar ao homem uma vida capaz, digna do ser com estabilidade, cultura e educação suficiente no seu aprendizado da perfeição até galgar o Grau 33.
O maçom sabe que sua tarefa não é de conservar o passado, mas a de construir o futuro. Que os Irmãos vivam em união e assim continuem. 
Dedico essa reflexão à família, olhando nos olhos dos Irmãos e podendo me orgulhar em dizer que o GOIERN se sente rejubilado, alegre, em festa por poder tê-los como filiados.
Nesta pequena contribuição aos vossos conhecimentos, através dessa reflexão, não tive a intenção de ensinar ou esclarecer, muito menos, de contrariar vossos pensamentos, mas sim, de despertar vossa curiosidade para que se encontrem outras respostas para o assunto e construa em cada um o conhecimento maior: a sabedoria.
Ao encerrar minhas palavras, agradecendo mais uma vez a Aug.∙. e Resp.∙. Loj.∙. Simb.∙. Obreiros de Santos Reis, ao seu Venerável, o Ir. Carlos Magno Bezerra Cortez e a todos os seus obreiros, assim como a todos os presentes nessa festa de quarto aniversário, pela distinção que me coube em dialogar com vocês. 
Rogo ao G.∙.A.∙.D.∙.U.∙., nesse momento em que nos preparamos para comemorar o nascimento do Menino Jesus, que possamos todos nós, ombreados com os nossos pensamentos firmes, voltarmo-nos no propósito de que a paz, a humildade e o amor possam se sobrepor aos nossos egos e juntos caminhemos cada vez mais unidos em busca da luz que nos guia no caminho da perfeição.
Boas festas, boas férias e que tenhamos um breve retorno!
Muito Obrigado!

*Discurso proferido na Sessão Branca Magna em Comemoração ao quarto aniversário da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Obreiros de Santos Reis”, realizada em Natal no dia 14/11/2015, no Templo da Augusta e Benfeitora Loja Simbólica Padre Miguelinho.

26 agosto 2015

Soberano fala na homenagem da CMN aos Maçons

Pronunciamento do Ir:. Antônio de Brito Dantas, Grão Mestre do GOIERN, durante solenidade comemorativa ao Dia do Maçom realizada no dia 20 de agosto de 2015, no Plenário da Câmara Municipal de Natal

Com muita honra a Maçonaria norte-rio-grandense aqui comparece para participar dessa sessão comemorativa do “Dia Municipal do Maçom”, iniciativa do eminente Vereador Cabo Jeoás Santos, ocasião em que são homenageados Irmãos Maçons que dedicam o seu labor em prol da Segurança Pública.
De logo, queremos registrar o agradecimento desta Casa Legislativa por igualmente homenagear todos os Maçons em face do seu dia, que nacionalmente é comemorado nesta data, 20 de agosto, bem como por nos permitirem aqui comparecer para publicamente externar o posicionamento da Maçonaria Potiguar em relação à relevante questão da segurança pública e das dificuldades e dissabores por que passa a população do Estado, decorrentes da insegurança vivenciada por todos, indistintamente, e que transcende as fronteiras do Rio Grande do Norte.
Primacialmente, é de se indagar por que a data de 20 de Agosto, definida como o Dia do Maçom no Brasil. Registra a História da Maçonaria Brasileira, ainda que o tema seja controverso, que, neste dia e mês do ano de 1822, ao presidir Assembleia Geral dos Maçons que compunham as Lojas Maçônicas Metropolitanas do Rio de Janeiro denominadas “Comércio e Artes”, “União e Tranqüilidade” e “Esperança de Niterói”, o Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, então Primeiro Vigilante do Grande Oriente do Brasil, na ausência do Grão-Mestre José Bonifácio de Andrade e Silva, proferiu “um enérgico e fundado discurso, de uma eloqüência e veemência oratória que são peculiares ao seu estilo sublime, inimitável e nunca, assaz louvado, e vendo nele as mais sólidas razões, demonstrando que as atuais políticas circunstanciais de nossa Pátria - o rico, fértil e poderoso Brasil - demandavam e exigiam imperiosamente que a sua categoria fosse inabalavelmente firmada com a proclamação de nossa independência e da Realeza Constitucional na pessoa do Augusto Defensor Constitucional do Reino do Brasil”, naquela ocasião conclamando a todos o célebre orador a uma tomada de decisão quanto à independência do Brasil, registrando ainda a ata da qual foi transcrita essa citação que “foi a moção aprovada por unânime aclamação, expressada com ardor do mais profundo e cordial entusiasmo patriótico”, admitindo os maçonólogos que, considerados os princípios libertários preconizados pela Maçonaria e a preparação sigilosa, nos seus Templos, para a libertação nacional do jugo português, o Grito do Ipiranga nada mais foi do que o eco daquela Assembléia de 20 de agosto de 1822. Dom Pedro I, que fora iniciado Maçom, inclusive posteriormente tendo sido Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, ratificou em ato público e político o que a Maçonaria já deliberara naquela memorável sessão.
O papel que desempenhou a Ordem Maçônica no mais notável acontecimento da História do Brasil não foi um fato isolado, porquanto também registram os anais da Nação a participação efetiva da Maçonaria na Inconfidência Mineira; na Revolução de 1817, inclusive com a participação do norte-rio-grandense Padre Miguelinho – cujo registro de batismo se encontra arquivado no Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Rio Grande do Norte, e cujo nome adorna e honra o frontispício dessa Casa do Povo - e de André de Albuquerque Maranhão; na Revolução Farroupilha; na Confederação do Equador; na promulgação da Lei do Ventre Livre; na Abolição da Escravatura – e aqui se destaca a ação da Maçonaria Norte-rio-grandense, mais precisamente dos Maçons da Centenária Loja Maçônica “24 de Junho”, do Oriente de Mossoró, antecipando-se à libertação dos escravos antes da data nacional da decretação oficial -; na Proclamação da República e em tantos outros grandes acontecimentos históricos que em nosso País tiveram a inspiração maçônica.
Mas, o que de fato é a Maçonaria, essa instituição tão amada e também tão criticada, mesmo neste Terceiro Milênio? Somos uma instituição secreta? Somos uma religião? Somos uma seita que prega cultos satânicos? O que somos, afinal?
Nada disto! Na verdade, a Maçonaria, a maior entidade civil do mundo, como toda sociedade dessa natureza tem registro nos Cartórios: o seu Estatuto Social, como qualquer outra entidade civil, é documento público, acessível a qualquer pessoa; seus fundamentos e princípios estão disponibilizados não apenas em vasta bibliografia, vendida em livrarias especializadas ou não, além de, hoje, encontrar-se à disposição dos internautas não apenas os famosos “segredos da Maçonaria”, como até mesmo filmes onde as iniciações são dissecadas e mostradas em detalhes.
A Maçonaria, de fato, é uma escola na qual são admitidos homens de bons princípios e livres no pensar, no agir e no falar, que são incentivados a pesquisar a verdade, a exercitar o amor ao próximo e cultivar a tolerância segundo os princípios da lei e da ordem, posto que a Maçonaria cultua o respeito às leis, aos costumes, às autoridades e, acima de tudo, à opção religiosa de cada um.
Sendo concebida na tese da existência de um Princípio Criador – Deus, a quem denomina de Grande Arquiteto do Universo -, a Maçonaria não admite em seu seio o ateu, o agnóstico, por entender que todo o Universo Dele dimana; ao contrário, os trabalhos de uma Loja Maçônica somente são iniciados depois de aberto o Livro da Lei Sagrada – que no caso peculiar da quase unanimidade das Lojas Brasileiras, é a Bíblia Sagrada -, ocasião em que se invoca a presença do Divino. Por isso, não tem a preocupação de retribuir as injustas ofensas recebidas dos que não a conhecem, preferindo mostrar, com suas ações de apoio mútuo entre seus associados, e destes em relação aos não-maçons necessitados, que, baseados nos princípios fundamentais da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade - que inclusive nortearam a libertária Revolução Francesa -, agem buscando sempre o bem-estar da Humanidade.
Instituição milenar e de presença em quase todos os países do Mundo, a Ordem Maçônica, independente da fé que professam os seus associados – Jesus Cristo, Maomé, Buda, Tupã -, sob o ponto de vista filosófico preconiza ensinar ao homem a vencer suas paixões e submeter sua vontade à verdadeira razão. No campo Moral, só admite em seu seio homens de bons costumes que comem o pão com o suor de seus rostos; espiritualista, admite em suas Lojas, como irmãos, pessoas de crenças religiosas diversas, nelas convivendo harmonicamente católicos, espíritas, protestantes, budistas, maometanos, judeus.
Colocando-se sempre a favor da liberdade, a Ordem Maçônica é contrária a qualquer tipo de opressão que sonegue do ser humano o direito de pensar, respeitando, entretanto, o pragmatismo kantiano baseado no qual o homem deve se conduzir de modo tal que o seu direito não interfira no direito do outro, com isto querendo dizer que o Maçom deve fazer por onde seja reconhecido como um exemplo a ser seguido na sociedade em que vive; que deve exercitar o bom hábito de se manter longe dos vícios e erguer templos à virtude, construindo, deste modo, diuturnamente o seu templo interior, buscando o seu aperfeiçoamento moral e intelectual e ao mesmo tempo exercitando a prática do bem sem olhar a quem, sem alarde, de modo que sua mão direita não saiba o que faz a sua mão esquerda.
Assim, não é a Maçonaria contrária à fé; em sentido oposto, o comportamento digno que ela exige de seus associados por certo dignifica qualquer profissão de fé religiosa, pois cada um de nós tem o direito de professar e praticar sua religião no mundo profano, direito que é garantido não só pelas leis maçônicas como, e também, pela Constituição do País, que preconiza ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e as suas liturgias.
A Maçonaria é, de fato, contrária à hipocrisia, ao fanatismo, à intolerância. E combate esses males procurando conduzir os homens ao entendimento, única forma de se conseguir a paz permanente, pregando a misericórdia para com os vencidos, pois, para a nossa Ordem, o vencedor deve ser sempre a Humanidade. E o faz concitando os maçons a uma conduta de vida capaz de, sem olhar a quem é dirigida a sua ação, levar consolo a quem sofre, a comida a quem tem fome, o agasalho a quem tem frio, uma toalha para enxugar as lágrimas de seus semelhantes, e o conhecimento a quem o deseja. Sabe a Instituição que quanto mais se propagar a luz do conhecimento e da razão, menor será o espaço das trevas e maior será a superação das dificuldades.
A Maçonaria, como outra qualquer instituição contemporânea, está passando por um momento de transição. Hoje, não mais se faz necessária a participação da Maçonaria Brasileira em movimentos libertários cívicos, posto que o País caminha a passos largos na senda do desenvolvimento e da democracia, despontando como Nação emergente e com o seu espaço assegurado entre os demais Países do Globo. O papel do Maçom na sociedade hodierna é outro: o da ferrenha luta contra as drogas, o que vem sendo feito com sucesso através da realização de ações efetivas junto aos jovens, aos quais presta assistência através de instituições para-maçônicas que estimula e apóia – a Ação Para-Maçônica Juvenil – APJ, a Ordem das Filhas de Jó, a Ordem Demolay de Jovens, as Lojas de Lowtons -, ensinando-lhes o culto às virtudes e formando lideranças; o uso da ciência e da tecnologia, fruto dos recursos ultra especializados disponíveis, com o fim de proporcionar novos horizontes e novas formas de realização de tarefas diárias, com melhor aproveitamento e mais profícuo aprendizado; fazer com que as conquistas científicas e econômicas possam contribuir para o equilíbrio social, tornando iguais os desiguais através da divisão fraternal dos bens sociais; e, acima de tudo, pugnando para que a cada um, dentro de suas capacidades, seja dada a oportunidade de auto-realização e do exercício consciente da cidadania, para tanto se utilizando de um processo educacional da consciência dos direitos e deveres da pessoa.
E é para alcançar esses objetivos que a Maçonaria vai buscar no seio da sociedade onde estão localizadas as suas Lojas, ou nas regiões onde elas têm influência, homens considerados livres em suas ideias e pensamentos e com comportamento irreprovável no seu relacionamento social e no trabalho que desenvolvem para integrarem o seu quadro de associados, os quais, convidados e pesquisados em rigorosa sindicância preliminar, finalmente são iniciados na Ordem Maçônica e são instruídos dentro dos preceitos morais e éticos para, pelo exercício da pesquisa da verdade, pelo amor ao próximo e pela cultivo da tolerância segundo os princípios da lei e da ordem e dos costumes, serem formados líderes no mundo exterior.
Assim ocorre sempre, e ocorreu com os irmãos hoje homenageados por essa Casa Legislativa: integrantes da gloriosa Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, assim como o Corpo de Bombeiros tidas como forças auxiliares e reserva do Exército Brasileiro nos termos do art. 144, § 6º da Constituição Federal, onde passam pelo rigoroso treinamento da observância da hierarquia, do cumprimento das normas legais e do dever, os militares decerto não encontraram dificuldades na ambientação com as normas e preceitos que norteiam a Ordem Maçônica, posto que fundadas em princípios com os  quais, na atividade militar, já estavam acostumados: de pautarem suas ações sempre tendo por embasamento a ética, a moral e os bons costumes, e o respeito à autoridade constituída.
Sabemos, entretanto, que nem sempre há flores na vida desses profissionais.
A segurança pública no Brasil, como é cediço, passa por momentos críticos, não só aqui no âmbito do nosso Estado, mas no País como um todo. Maior prova disso são os principais noticiários apresentados pela imprensa escrita e televisiva, nos quais são exibidos os mais horrendos crimes, as maiores atrocidades, fruto, principalmente, da inoperância do Poder Público no combate ao tráfico e uso de drogas ilícitas, em razão do qual são cotidianamente ceifadas vidas humanas, principalmente de jovens entre 16 e 25 anos.
Hoje, a violência urbana, que entre nós assume condição de guerrilha - e que gera mais vítimas, anualmente, que as guerras no Oriente Médio -, alcança níveis alarmantes e preocupantes, sem que providências enérgicas sejam adotadas para inibir a sua expansão.
Ninguém mais está isento do seu alcance. Pobres e aquinhoados pagam mais ou menos o preço da insegurança, na proporção do que têm, e ao talante dos marginais. Às vezes, mesmo após roubados, pagam com a vida, seja por não terem entregue tudo o que queriam os meliantes, ou por terem dificultado a ação delituosa, seja por não terem nada para atender aos seus instintos.
O cidadão, este é refém da bandidagem. Quando pode, investe em equipamentos de segurança em sua residência, que nada protegem pois, pela falta de estrutura na segurança pública, às vezes no ato de entrar ou sair de sua casa tem sido comum a abordagem da vítima, que não tem como impedir o acesso do marginal ao interior de sua residência ou até mesmo de evitar que o seu veículo seja tomado de assalto, quando não perde a vida se tentar reagir.
Os assaltos em ônibus e em veículos alternativos, assim como a abordagem nas paradas de transporte coletivo, são uma constante.
O Brasil vê, estarrecido, a já costumeira eliminação de pessoas, das mais diversas idades, quase sempre por motivos fúteis e sem nenhuma justificativa pelo menos aparente, verdadeiras chacinas.
O sistema penitenciário brasileiro está deficitário e decadente. A superlotação nos presídios é uma realidade.
Culpa da Polícia? Não! Culpa dos governos, em todos os níveis, que não se preocuparam nos últimos trinta anos, pelo menos, em educar os jovens que hoje são os chefes da criminalidade, ou os próprios criminosos, e de ensinar-lhes uma profissão e de lhes propiciar um emprego; culpa da família, que por comodismo transferiu para a escola a obrigação de educar os seus filhos, quando os melhores educadores sempre foram os pais que os geraram; culpa da desagregação da família, pela inconsistência da unidade familiar, por ser tão fácil a separação e o divórcio hoje em dia quanto trocar uma peça de roupa; culpa das instituições responsáveis pela reeducação de menores delinquentes, as quais, via de regra, não alcançam o seu objetivo, às vezes involuntariamente contribuindo para que o jovem saia “especialista em criminalidade”; culpa, enfim, do sistema penal brasileiro que, diferente de outras nações mais desenvolvidas, não responsabiliza o menor delinquente com penas mais rigorosas, quando, aqui, submetidos apenas a medidas socioeducativas, estas são surtem nenhum efeito.
Não obstante, todos esses fortes empecilhos não impedem que os Irmãos hoje homenageados desenvolvam o seu mister com abnegação, honrando a farda que vestem, dedicando suas vidas ao serviço de socorro à população, principalmente aquela mais carente e desassistida, cumprindo os mandamentos maçônicos da prática da fraternidade e da solidariedade humana.
Se mais não fazem é porque a máquina administrativa, como é de conhecimento geral, não está convenientemente aparelhada e tampouco há contingente disponível para que possam propiciar a segurança exigida.
O que se faz premente, nestes momentos de grave crise institucional, é que a Maçonaria exija dos poderes constituídos uma posição firme no combate à criminalidade e ao tráfico de drogas, que é a grande mola propulsora da insegurança por que passamos, e que tem lastimavelmente estendido suas ramificações a todos os polos habitacionais, por menores que sejam.
Se assim estamos fazendo, também estamos tendo a preocupação de orientar os nossos jovens contra esse terrível mal, com ações efetivas através de entidades paramaçônicas antes já referenciadas: a Ordem Demolay, das Filhas de Jó, da Ação Paramaçônica Juvenil – APJ e das Lojas de Lowtons, as quais têm por objetivo o ensino do culto às virtudes, à formação de lideranças, o gosto pelo estudo e o respeito aos seus pais.   
Nós, Maçons brasileiros, devemos nos regozijar deste Dia que nos é dedicado. Olhando para o nosso passado, nos orgulhamos dos feitos dos nossos irmãos que nos precederam nas ferrenhas lutas em defesa da Pátria, em todas as ocasiões em que se fez necessária a intervenção do braço forte e da mão armada em favor do nosso solo e dos nossos direitos; olhando os dias de hoje, estamos cumprindo a nossa obrigação de legar aos nossos filhos exemplos de retidão, de profissionalismo, de responsabilidade social; para, olhando para o futuro, podermos legar aos filhos dos nossos filhos lições de cidadania, de bem-estar social, de melhores dias, fundadas nos antigos – mas nunca desatualizados – princípios da trilogia da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade que têm atravessado séculos estimulando as lutas pela liberdade de agir e de pensar, de ir e de vir, de escolher sua crença e sua fé; pela igualdade de direitos e de deveres; tudo, com o necessário respeito ao próximo, tratando-o como seu semelhante e o amando segundo os preceitos de nos amarmos uns aos outros como nos ama o Pai Celestial, o Grande Arquiteto do Universo.
A Maçonaria, pois, não se furtará da estreita colaboração que a população, os Poderes Constituídos e as demais instituições sociais exigirem de nós, uma vez que, como cidadãos que somos, temos a convicção de que muito podemos realizar em benefício da Humanidade.
E tenham certeza de que esse irrestrito apoio será prestado, pois que, além de cidadãos, assumimos o compromisso de honrar a Pátria e defendê-la intransigentemente, de buscar a perfeita formação familiar e, também, de procurarmos o nosso aperfeiçoamento pessoal e moral nos preceitos maçônicos contidos nas leis da Ordem, escritos há mais de três séculos.

20 agosto 2015

MENSAGEM DO DIA DO MAÇOM

Meus caros Irmãos:
Nesta data, dedicada ao Maçom Brasileiro, por reverência à partida para o Oriente Eterno do ex Grão-Mestre Ticiano Duarte, o GOIERN optou por não comemorá-la festivamente, como sói acontecer em anos anteriores, mas por transmitir aos Irmãos o chamamento à reflexão de todos e de cada um sobre as nossas obrigações quando da nossa iniciação na Ordem Maçônica.
Naquela ocasião, assumimos o compromisso solene da crença no Grande Arquiteto do Universo; de amar e defender a Pátria, como cidadãos que somos; de preservar a Família; de termos comportamento social e profissional sob a égide da ética e da moral; e de buscarmos a nossa perfeição interior através do estudo e da busca incessante da verdade. 
Temos tido a preocupação de promover a formação do Maçom para que, dentro e fora das nossas Lojas, seja ele exemplo no meio social em que vive, pela retidão de suas ações, seja no campo social, seja na atividade profissional onde atue, influenciando, no seio dos segmentos comunitários onde está inserido e em relação aos quais a Maçonaria tem responsabilidades, na busca das melhorias na condição de vida das pessoas e do funcionamento das instituições.
A História retrata as ações encetadas por eméritos maçons brasileiros e que redundaram em significativas transformações ocorridas no País ao longo de sua existência, seja quando Império, seja quando República. Lamentavelmente, estamos vivenciando um momento de forte crise política e administrativa, onde a cada dia surgem, em todos os níveis da administração pública e da iniciativa privada, a terrível presença da corrupção, marca que desonra a Nação Brasileira perante os outros países do mundo.
O Maçom não pode estar alheio a esses nefastos acontecimentos. Ao contrário, estando sempre atento e vigilante sobre o que se passa ao seu redor, tem o dever de contribuir, de forma serena e eficaz, apresentando sugestões e participando ativamente dos processos que visem ao restabelecimento da normalidade e da paz social.
O momento atual nos sugere compartilhar com aqueles com os quais convivemos a construção de uma Pátria mais digna, a começar, por óbvio, pela forma de escolha dos nossos dirigentes, em todos os níveis: Presidência da República, Senado, Câmara Federal, Governadores, Deputados Estaduais, Prefeitos e Vereadores, para isso se arregimentando com vistas à proposição, por iniciativa popular – já que os políticos não assumem esse compromisso - de reforma no sistema de eleições em todos esses níveis de governo e de gestão da coisa pública, de modo que todos que demonstrarem capacidade e se mostrarem como referência dos bons princípios humanos, tenham as mesmas condições de competir, sem a interferência do poder econômico no processo eleitoral, aos cargos eletivos, transparecendo sempre os sólidos fundamentos da ética e da moral; pela edição de leis mais severas no ferrenho combate à corrupção; pelo melhor aparelhamento dos órgãos de fiscalização e de repressão à sonegação fiscal; pela aprovação da lei de responsabilidade educacional, cujo projeto se arrasta nos bastidores do Congresso Nacional; dentre outras ações não menos nobres.
Com certeza iniciativas desse jaez produzirão os frutos almejados: a melhoria das condições de vida da população, a volta do pleno emprego, a recuperação econômico-financeira do País e o seu crescimento.
Precisamos assumir esse compromisso com o Brasil, e este momento é assaz propício para isto.
Orgulhemo-nos por fazer parte dessa Instituição para a qual fomos escolhidos dentre tantos que nos cercam, e para assumir a relevante missão de trabalhar em prol da Humanidade, em continuidade ao labor daqueles que ao longo da História fizeram a sua parte, e os quais ora reverenciamos.
Parabéns a todos os Maçons espalhados pela face da terra, independentemente da Potência à qual estão subordinados, por este dia de hoje. Somos todos Irmãos.

Natal (RN), em 20 de agosto de 2015.

Antônio de Brito Dantas
Gão-Mestre do GOIERN

Dia do Maçom tem sessão solene na Câmara de Natal

O Dia do Maçom, que transcorre hoje em todo o Brasil, será comemorado solenemente em Natal, logo mais às 18h30.
A Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Cabo Jeoás Santos, realizará Sessão Solene pelo Dia Municipal do Maçom.
O Soberano Antônio de Brito Dantas, do GOIERN, será um dos oradores do evento.
O Dia do Maçom foi inspirado no histórico discurso do Ir:. Joaquim Gonçalves Ledo, época em que a Maçonaria brasileira era movida pelos ideais libertários e emancipadores, e foi a grande força impulsora para a proclamação da Independência do Brasil.
Entretanto, o dia exato em que ocorreu o discurso de Gonçalves Ledo é contestado pela maioria dos historiadores.
O Blog do GOIERN espera que neste Dia do Maçom os IIr:. reflitam sobre o que fazer pelo engrandecimento da Ordem, como agir para melhorar as nossas Oficinas, renovar o Aprendiz que habita em cada um e preservar os princípios da Maçonaria Universal, preservando-os das injunções egoístas e vaidades pessoais, sempre prontos à construção de um futuro de sabedoria, ordem, paz e progresso!

Agenda Maçônica

Lojas Maçônicas do Grande Oriente Independente do Rio Grande do Norte que se reúnem nesta quinta-feira, dia 20 de agosto de 2015: 
 
NATAL
- Loja Cavaleiros de Aço nº 30, Rua Presidente Quaresma, 1119 - Lagoa Seca, templo da Loja Hegésippo Reis de Oliveira.
- Loja Emídio Fagundes nº 06, Rua Antonio Basílio, 3503 - Lagoa Nova.
- Solenidade alusiva ao Dia do Maçom, às 18h30, na Câmara Municipal de Natal. Traje: paletó preto, sem paramentos.
 
OUTROS ORIENTES
- Loja Fraternidade Assuense nº 11, Rua Professor Luiz Antonio, 595 - Centro, Assu.
- Loja 13 de Setembro nº 13, Rua Carloto Távora, 1117 - Centro, Pau dos Ferros.
- Loja União Jardinense nº 14, Rua Dr. Ruy Mariz, 202 - Centro, Jardim do Seridó.

19 agosto 2015

Loja Hegésippo Reis comemora 48 anos de fundação

IIr:. Antônio Teixeira, Núbio Fonseca, José Humberto e Ozair Filho
Com a presença de 60 IIr:. de várias lojas do GOIERN e da GLERN, a Loja Maçônica Hegésippo Reis de Oliveira comemorou ontem os seus 48 anos de fundação e bons serviços prestados à Maçonaria e ao povo norte-rio-grandense.
O Sobeerano Antônio de Brito Dantas e o Soberano de Honra do GOIERN, Fernando Paiva, ex-Venerável da Loja, prestigiaram a concorrida Sesssão.
Entre os presentes, 31 Mestres Instalados, incluindo atuais e ex-Veneráveis de lojas, fato destacado pelo soberno Antônio de Brito Dantas em sua fala.
Durante a Sessão foram homenageados com o Diploma e a Medalha Hegésippo Reis de Oliveira os IIr:. José Humberto de Lima, Venerável da Loja, José Ozair Pinto Filho, da Loja Clementino Câmara, Antonio Teixeira de Medeiros, da Loja Filhos da Fé, e Núbio Fonseca de Melo, da Loja Pe. Miguelinho, pelos "relevantes serviços prestados à Loja e à Maçonaria".
O Ir:. José Ozair Pinto Filho falou em nome dos homenageados, agradecendo a honraria e destacando que o trabalho de todos os agraciados objetiva sempre fazer o bem e engrandecer a Ordem Maçônica, com espírito de igualdade,  fraternidade e liberdade.
Depois da Sessão os IIr:. se confraternizaram em coquetel servido no Salão de Banquetes da Loja.

18 agosto 2015

Agenda Maçônica - terça-feira

Lojas Maçônicas do Grande Oriente Independente do Rio Grande do Norte que se reúnem nesta terça-feira, dia 18 de agosto de 2015: 
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NATAL
- Loja Bartolomeu Fagundes nº 08, Natal, Rua Alexandrino de Alencar, 1247 - Tiro;
- Loja Hegésippo Reis de Oliveira nº 10, Natal,  Rua Presidente Quaresma, 1119 - Lagoa Seca;
- Loja União e Vitória nº 20, Parnamirim, Rua Antonio Lopes Chaves, 256 - Pq do Pitimbú;
- Loja Sol Nascente nº 24, Natal, Rua Maracanã, 7933 - Cidade Satélite;
- Loja Obreiros de Santos Reis nº 31, Natal, Rua Presidente Bandeira, 326 - 1º Andar - Alecrim, Templo da Loja Pe. Miguelinho.

OUTROS ORIENTES
- Loja Frank Shermann Land nº 27, Caicó
- Loja 27 de Dezembro nº 04, Macau
- Loja Coronel Fausto nº 05, Areia Branca
- Loja Bet-El nº 12, Mossoró
- Loja União do Agreste nº 15, Nova Cruz
- Loja Cirilo Santos nº 16, Parelhas
- Loja Vale do Apodi nº 17, Apodi
- Loja Princesa dos Canaviais nº 22, Ceará-Mirim.

11 agosto 2015

Soberano preside Exaltação de novos Mestres em Ceará-Mirim

Novos Mestres com o Venerável Noletto e o Soberano Brito
O Soberano Antônio de Brito Dantas, Grão Mestre do GOIERN, presidiu ontem a Sessão de Exaltação de quatro novos Mestres Maçons, realizada na Loja Princesa dos Canaviais, em Ceará-Mirim.
Foram exaltados a Mestre Maçom os Irmãos Antônio Luiz de Andrade, Carlos Magnus da Costa de Souza, Sérgio Nunes de Oliveira e Milton Rodrigues Neto.

Veneráveis de várias Lojas Maçônicas do GOIERN prestigiaram a Sessão, e alguns aproveitaram para conhecer as novas instalações da Loja Princesa dos Canaviais.
O Soberano Antônio de Brito Dantas destacou o crescimento daquela Oficina, enfatizando que o trabalho do Venerável Mestre Antônio Noletto deverá dar excelentes frutos para a Maçonaria Norte-rio-grandense.
Antes do encerramento, foi realizada uma Bateria Surda em homenagem póstuma ao Ir:.Ticiano Duarte, ex-Grão Mestre do GOIERN, falecido no último fim de semana.
Depois dos trabalhos, foi servido um jantar aos Irmãos da Loja, convidados e familiares dos novos Mestres Maçons.

Agenda Maçônica - 11 de agosto de 2015

Lojas Maçônicas do Grande Oriente Independente do Rio Grande do Norte que se reúnem nesta terça-feira, dia 11 de agosto de 2015:
 
NATAL
- Loja Bartolomeu Fagundes nº 08, Natal, Rua Alexandrino de Alencar, 1247 - Tirol;
- Loja Hegésippo Reis de Oliveira nº 10, Natal,  Rua Presidente Quaresma, 1119 - Lagoa Seca;
- Loja União e Vitória nº 20, Parnamirim, Rua Antonio Lopes Chaves, 256 - Pq do Pitimbú;
- Loja Sol Nascente nº 24, Natal, Rua Maracanã, 7933 - Cidade Satélite.

 
OUTROS ORIENTES
- Loja João da Escóssia nº 09,  Rua Felipe Camarão, 23 - Doze Anos, Mossoró.

A Cadeira de Salomão

Ir\ Rui Bandeira

Denomina-se de Cadeira de Salomão a cadeira onde toma assento o Venerável Mestre da Loja quando a dirige em sessão ritual. Em si, não tem nada de especial. É uma peça de mobiliário como outra qualquer. Porventura (mas não necessariamente) um pouco mais elaborada, com apoio de braços, com maior riqueza na decoração, com mais cuidado nos acabamentos.

Como quase tudo em maçonaria, a Cadeira de Salomão tem um valor essencialmente simbólico. Integra, conjuntamente, com o malhete de Venerável e a Espada Flamejante, o conjunto de artefatos que simbolizam o Poder numa Loja Maçônica. Ninguém, senão o Venerável Mestre usa o Malhete respetivo. Ninguém, senão ele utiliza a Espada Flamejante. Só ele se senta na Cadeira de Salomão.

 A Cadeira de Salomão destina-se, tal como os outros dois artefatos, a ser exclusivamente utilizada pelo detentor do Poder na Loja. Assim sendo, importante e significativo é o nome que lhe é atribuído. Não lhe chamam a Cadeira de César ou o Trono de Alexandre. Sendo um atributo do Poder, não se distingue pelo Poder. Antes se lhe atribui o nome do personagem que personifica a sabedoria, a prudência, a Justiça aplicada.

Ao fazê-lo, indica que, em Maçonaria, o Poder, sempre transitório, só é efetivo e eficaz se exercido com a sabedoria e a prudência que se atribui ao rei bíblico. Quem se senta naquela cadeira dispõe, no momento, do poder de dirigir, de decidir, de escolher o que e como se fará na Loja. Mas, em Maçonaria, se é regra não se contrariar a decisão do Venerável Mestre, porque tal compromisso se assumiu repetidamente, também é regra que, sendo-se livre, não se é nunca obrigado a fazer aquilo com que se não concorda.

O Poder do Venerável Mestre é indisputado. Mas, para ser seguido, tem de merecer a concordância daqueles a quem é dirigido. E esta só se obtém se as decisões tomadas forem justas, ponderadas e prudentes. O poder em Maçonaria vale o valor intrínseco de cada decisão. Nem mais, nem menos. A Cadeira de Salomão é o lugar destinado ao exercício do poder em Loja com sabedoria e prudência. O Venerável Mestre deve saber sempre que não é dono de qualquer poder, que só detém (e transitoriamente) o poder que os nossos Irmãos delegaram, confiando no seu bom exercício.

Não está escrito em nenhum lugar, não há nenhuma razão aparente para que assim tenha de ser. Mas quase todos os que se sentaram na Cadeira de Salomão sentem que esta os transformou. Para melhor. Não porque esta Cadeira tenha algo de especial ou qualquer mágico poder. Porque a responsabilidade do ofício, o receber-se a confiança dos nossos Irmãos para os dirigirmos, para tomar as decisões que considerarmos melhores, ouvindo conselhos de uns ou em solitária assunção do ónus, transforma quem assumiu essa responsabilidade.

A confiança que no Venerável Mestre é depositada pelos demais é por este paga com o máximo de responsabilidade. Muito depressa se aprende que o Poder nada vale comparado com o dever que o acompanha. Que aquele só tem sentido, só é útil e meritório se for tributário deste. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão não lhe permite distinguir se ela é confortável ou não. Ele vê todos os rostos virados para si, aguardando a sua palavra, correspondendo a ela, se ela for adequada, calmamente aguardando por correção, se e quando a palavra escolhida não for adequada.

A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão o faz instantaneamente compreender que está ali sentado... Sem rede! E depois faz o seu trabalho. E normalmente faz o seu trabalho como deve ser feito, como viu outros antes dele fazê-lo e como muitos outros depois dele o farão. E então compreende que não precisa de rede para nada. Que o interesse é precisamente não ter rede... Quem se senta na Cadeira de Salomão aprende a fazer a tarefa mais complicada que existe: dirigir iguais!

10 agosto 2015

Agenda Maçônica - 10 de agosto de 2015

Lojas Maçônicas do Grande Oriente Independente do Rio Grande do Norte que se reúnem nesta segunda-feira, dia 10 de agosto de 2015:
 
NATAL
- Loja Filhos da Fé nº 02, Rua Santo Antonio, 736 - Cidade Alta;
- Loja Fraternidade de Ponta Negra nº 19, Av. Praia de Muriú, 260 - Ponta Negra.
 
OUTROS ORIENTES
- Loja João da Escóssia nº 09,  Rua Felipe Camarão, 23-Doze Anos, Mossoró

O simbolismo da régua de 24 polegadas

Ir:. Alexandre Dutra Mayerle

A Maçonaria, como escola de Filosofia, utiliza-se de símbolos e alegorias cujos significados são os ensinamentos íntimos da Ordem, para a transmissão de suas ideias e valores. A cada grau, novos símbolos são desvendados pelo Maçom, e deles são realizadas interpretações dos seus significados moral, físico e metafísico.
No grau de Aprendiz Maçom, no início da caminhada dentro dos mistérios da Ordem, são apresentadas as três ferramentas utilizadas pelo Aprendiz: o maço, o cinzel e a régua de 24 polegadas.
Dentro da Loja, as ferramentas são associadas às colunas que a sustentam: a Sabedoria, a Força e a Beleza, personalizadas, respectivamente, nas pessoas do Venerável Mestre, 1º Vigilante e 2º Vigilante.
A régua, por excelência, é um instrumento de medida. Através dela é possível obter a informação sobre a longitude de uma dimensão espacial. Encontrada desde tempos imemoriais, especula-se que a régua possa ter surgido com o período Neolítico da Humanidade, onde a medida da terra tornou-se necessária para o planejamento das colheitas dos primeiros povos sedentários.
A medida associada à régua é a longitude ou comprimento. Na ciência da metrologia a longitude é uma das sete medidas fundamentais. São elas: longitude, massa, tempo, temperatura, corrente elétrica, intensidade luminosa e quantidade de matéria. As demais formas de compreensão das quantidades do universo derivam destas.
Dada a estreita relação entre a medida de longitude e demais grandezas, é possível afirmar que a régua é um instrumento que pode ser utilizado para compreender o Universo. Na Teoria Especial da Relatividade de Albert Einstein, de 1905, postulou-se que tempo e longitude são grandezas dependentes entre si, proporcionais à velocidade dos sistemas de referência. Assim, a longitude (espaço) e tempo tornam-se variáveis que, hora ou outra, podem ser entendidas como intercambiáveis, a depender de como se expressa matematicamente o fenômeno a ser estudado. A compreensão desta faceta do Universo levou aos subsequentes avanços no estudo da física nuclear, quântica e cosmologia.
De fato, ainda referindo-se à ciência da metrologia, a 17ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, em 1983, definiu o metro, unidade de longitude, como o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de segundo.
Assim, na ciência moderna, em reconhecimento às implicações da Teoria Especial da Relatividade, entende-se a longitude e o tempo como grandezas interdependentes. Essa observação é de especial importância quanto se traslada o significado físico da régua para o entendimento da simbologia maçônica.
Na arte do Desenho, a régua não é instrumento de traçado, ao contrário do que sua forma reta e rígida sugere. Esta função, de traçar linhas retas, é designada ao esquadro. À régua é legado o trabalho tanto de obter, como de impor medidas aos desenhos. Neste último viés, a régua é o símbolo do planejamento da construção. Nessas atividades, a régua toma uma forma dual, passiva e ativa, respectivamente, da tomada e imposição da medida. Na simbologia maçônica, a régua é tida como o instrumento necessário ao planejamento do desbaste da pedra bruta, onde as dimensões perfeitas serão impressas.
O simbolismo do número 24 - O número 24, associado à régua, é primeiramente referido às horas do dia. Em número de 24, divididas em três períodos iguais de oito horas, sugere que o homem deve empregar com equilíbrio seu dia em descanso, trabalho, e a serviço de Deus e um irmão necessitado.
Com relação ao número 24, Daniel Béresniak lembra que ele é resultado do produto dos quatro primeiros números naturais, ou 24 = 4! = 4 × 3 × 2 × 1, sendo assim, igualmente divisível por estes, e capaz de produzir medidas proporcionais a estes.
Algumas referências são encontradas quando estudadas comparativamente às religiões:
São 24 os livros que compreendem a Tanakh, o cânone judeu e o Velho Testamento cristão.
24 também é o número de Tirthankharas, seres humanos que, segundo a religião jainista, interromperam seu ciclo de reencarnações através da iluminação ou obtenção do nirvana, e são inspiração e fonte de sabedoria para os seguidores da religião jainista.
No hinduísmo, são 24 os raios da Roda do Dharma. Os raios representam 24 virtudes, assim como lembra as 24 horas do dia e da constância da movimentação do tempo. A Roda do Dharma representa também uma roda de fiar, símbolo dos movimentos para a independência da Índia e posteriormente adotado como um dos símbolos deste país.
É possível, então, correlacionar o número 24 às virtudes no jainismo e hinduísmo, bem como na tradição judaico-cristã, na medida em que referencia o cânone do primeiro e o Velho Testamento cristão.
Conclusões - A régua de 24 polegadas é, junto com o maço e o cinzel, uma das ferramentas do Aprendiz Maçom. Representa a sabedoria, com a qual o Aprendiz deve planificar e construir seu templo interior. É instrumento de medida por excelência, onde as proporções das dimensões lineares podem ser conhecidas.
Da mesma forma, é dividida em 24 porções iguais, que lembram as horas do dia e da forma sábia que estas devem ser empregadas. O número 24, por si só, enquanto lembra a divisão horária do dia, é o produto dos quatro primeiros números naturais. Além da divisão do dia, podem-se traçar referências a virtudes encontradas em outras religiões, com significâncias próprias, que remetem ao próprio simbolismo de retidão da régua.
A lição que o Aprendiz Maçom deve obter da régua de 24 polegadas é da proporcionalidade e retidão, expressos em sabedoria, no planejamento e mensuração do seu tempo.

Bibliografia
PIKE, Albert. Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry. The
Supreme Council of the Southern Jurisdiction, A. A. S. R., U. S. A. Charleston; 1905.
LAVAGNINI, Aldo. Manual do Aprendiz Franco-Maçom. 1991.
WIRTH, Oswald. Os Mistérios da Arte Real. 1932.
MACKEY, Albert. Encyclopaedia of Freemasonry. Vol. 2; The Masonic History Company. Nova Iorque;
1912. p. 811.
BÉRESNIAK, Daniel. Symbols of Freemasonry. Barnes & Noble Books. Nova Iorque. p. 54.
INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades – SI. 8ª Edição revisada. Rio de Janeiro, 2007.
Ashoka Chakra. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ashoka_Chakra - Acessado em 10/07/2014.
Tirthankaras. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Tirthankaras - Acessado em 10/07/2014.

09 agosto 2015

Ticiano Duarte, eternamente

 
Corpo foi sepultado ontem
no Cemitério Morada da Paz
sob forte e comovente emoção

Alvo de muitas homenagens durante todo o dia de ontem, o Ir:. Ticiano Duarte foi sepultado ontem, às 20h, Cemitério Morada da Paz, em Emaús.
Passaram pelo templo do GOIERN IIr:. Maçons de todas as potências, autoridades estaduais e nacionais, amigos, intelectuais, jornalistas e cidadãos anônimos, que foram se despedir do jornalista, escritor e líder Maçom, que ontem partiu para o Oriente Eterno vitimado por um ataque cardíaco.

O Blog do GOIERN registrou a presença de deputados estaduais, vereadores, deputados federais, senadores Garibaldi Filho e José Agripino, ministro do Turismo Henrique Alves e a ex-governadora Rosalba Ciarlini.
O caixão estava ornado com uma bandeira do América Futebol Clube, de Natal, e uma camisa do Fluminense Futebol Clube, do Rio de Janeiro, os times pelos quais torcia apaixonadamente.

O corpo desceu à sepultura com todos os paramentos que ele conquistou ao longo de sua vida na Maçonaria.
No Cemitério, Ticiano Duarte recebeu uma homenagem
dos IIr:. Maçons, comandada pelo Soberano Antônio de Brito Dantas, Grão Mestre do GOIERN, que precedeu o Ritual Fúnebre fazendo um emocionante depoimento, no qual agradeceu por tudo o que ele fez pela Maçonaria e pelo povo do Rio Grande do Norte.
O Ir:. Ticiano Duarte viajou para sempre ao Oriente Eterno, mas deixou como legado a convivência fácil, o bom humor, a força que a todos entusiasmava, a conversa cativante, a alma generosa e uma grande obra intelectual e histórica.
Descanse em paz!

Candidatos à iniciação na Maçonaria

Loja União do Agreste
Candidato: Emanuel Lins da Silva Neto
Estado Civil: Casado
Profissão: Policial
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Loja União do Agreste
Candidato: Flávio César Nogueira
Estado Civil: Casado
Profissão: Comerciante

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Loja União do Agreste
Candidato: Gilvan Clemente Nobre
Estado Civil: União estável
Profissão: Policial

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Loja União do Agreste
Candidato: Márcio Aguiar da Silva
Estado Civil: Casado
Profissão: Servidor Público

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Loja Obreiros de Santos Reis
Candidato: Edson Barreto Soares
Estado Civil: Casado
Profissão: Servidor Público

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Loja Obreiros de Santos Reis
Candidato: Kennedy Batista de Souza
Estado Civil: Casado
Profissão: Empresário

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Informações mais detalhadas sobre todos os profanos podem ser obtidas no Boletim do GOIERN-Julho/2015
 
 
 
 
 
 

08 agosto 2015

GOIERN Decreta Luto



Decreto nº 009-2013-2016 – GM

Decreta luto oficial por 07 (sete) dias no Grande Oriente Independente do Estado do Rio Grande do Norte – GOIERN

                        O Soberano Irmão Antônio de Brito Dantas, Grão-Mestre do Grande Oriente Independente do Estado do Rio Grande do Norte – GOIERN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 59, inciso II da Constituição do GOIERN, e em face do disposto no art. 296, inciso VI e Parágrafo único do Regulamento Geral da Obediência;
                        - Considerando a passagem, para o Oriente Eterno, nesta data, do Irm\ Ticiano Duarte;
                        - Considerando que o referido Irmão, na condição de Mestre Maçom ativo e regular, prestou relevantes e inestimáveis serviços à Ordem Maçônica, no exercício, além de inúmeras outras, das elevadas funções de Grão-Mestre do Grande Oriente Independente do Estado do Rio Grande do Norte – GOIERN e de Presidente da Confederação Maçônica do Brasil – COMAB, bem assim de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Estado do Rio Grande do Norte dos Graus 4º ao 33º do Rito Escocês Antigo e Aceito; além de incentivador e fundador de vários Capítulos dos Graus Filosóficos do Rito de York, tendo ocupado os cargos de Sumo-Sacerdote do Capítulo “Irmão Luiz Antônio dos Santos Lima nº 29” e de Comendador da Comanderia Templária “Rondon” nº 03 do Rito de York;
                        Considerando que o pranteado Irmão, além de membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, também era membro da Academia Maçônica de Ciências, Letras de Artes da Confederação Maçônica do Brasil - COMAB

                        R E S O L V E:

                        Art. 1º. Decretar luto oficial por 07 (sete) dias, na jurisdição do Grande Oriente Independente do Estado do Rio Grande do Norte – GOIERN, a partir desta data.
                        Art. 2º. Durante o período de luto acima referenciado, ficam suspensas quaisquer solenidades festivas no âmbito do GOIERN e de suas Lojas jurisdicionadas.
                        Art. 3º. Fica o Gr\Secr\de Adm\incumbido da divulgação e publicação deste Decreto, e ao Gr\ Sec\ Chefe de Gabinete de fazer chegar à família enlutada as condolências e sentimentos de saudade desta Potência Maçônica.
                        Art. 4º. Este Decreto entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.
                        Dado e traçado no Gabinete do Grão-Mestrado, Or\ de Natal, em 08 de agosto de 2015, E\ V\.


ANTÔNIO DE BRITO DANTAS
Grão-mestre

FRANCISCO DE ASSIS ARAÚJO
Gr\Secr\de Adm\