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12 dezembro 2010

PENSATA


Mundo da Cultura
Valter Sergio de Abreu

“Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Em Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de “agricultura” (significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos), como empregado por Varrão, por exemplo. Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” – cultura – se aproxima mais desta definição). Definições de cultura foram realizadas por Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições diferentes para o termo cultura.
“Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.” (fonte Wikipedia)
A cultura, na sua conceituação primeira, como consignado no parágrafo inicial da citação acima, é a soma de experiências, conhecimentos, crenças, aptidões e hábitos pessoais sendo por definição única.
A evolução ética, moral ou estética de uma sociedade (sua cultura) está diretamente relacionada ao crescimento do indivíduo e, assim, aos que dedicam à Cultura incumbe viabilizar os melhores cenários possíveis para que a livre e respeitosa manifestação do pensamento e do sentimento ocorra.
Para o “Mundo da Cultura”, que é a grande alavanca que faz desencadear e que mantém em movimento nossa sociedade, não são convenientes ou oportunos os radicalismos e pouco importam as diferenças raciais e sociais.
Igualmente são dispensáveis as posições estreitas e incapazes de movimento de qualquer, especialmente aquelas relacionadas às tendências políticas, aos temperamentos de cada qual.
Opções fundamentalistas relacionadas aos esportes, opção sexual, credos religiosos, interesses escusos, dentre outras, não somente dificultam, mais muitas vezes inviabilizam a montagem do conveniente palco para o desenvolvimento da cultura.
Diga-se que o que se nos parece inadequado é o fundamentalismo e não a adoção de qualquer posicionamento ou manutenção de quaisquer das situações mencionadas anteriormente ou a seguir.
Aliás, o maior tesouro para a Cultura é exatamente a diversidade cuja expressão apenas é possível com a adoção de posicionamentos liberais, tolerantes e respeitosos para com as pessoas e para com o passado, o presente e o futuro e as verdades de cada tempo.
O homem verdadeiramente ligado à Cultura busca a convivência (vivência conjunta), pouco importando, salvo pelas intercorrências que formaram os indivíduos, a origem de seus interlocutores.
A evolução social provocada incessantemente pela Cultura passa necessariamente por enfrentamentos.
Veja-se, por exemplo, a Revolução Francesa[1], que, inobstante tenha tomado para si a trilogia de Rousseau, em verdade teve como mote a luta pela liberdade! E o velho se opôs ao novo com mão de ferro...
Veja-se seguidamente a Revolução Russa[2], que foi a grande luta pela igualdade de direitos e obrigações! E novamente o velho se opôs ao novo com mão de ferro...
Finalmente, após término da Segunda Guerra Mundial[3], a Organização das Nações Unidas[4] adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos[5], norma esta que recepcionou as conquistas até então obtidas, extraindo-se do texto legal o estabelecimento de mais um direito, qual seja, a solidariedade, ou a fraternidade, mas não sem a mais sangrenta das oposições, com dezenas de milhões de mortos!
Assim é que a Cultura humana é essencial, pois que até o momento trouxe para os seres humanos a consolidação da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade não apenas como objetivos, mas como direitos!
Não se pode estranhar a ferrenha oposição dos antigos conceitos e daqueles que absurdamente o defenderam à nova maneira de alcançar as finalidades.
Não bastasse a aparente falta de controle que as novidades traziam, os que se mantiveram antigos não as conheciam e, assim, sabiam da dificuldade de algo melhor apresentarem.
A solução para eles foi elevar seus punhos armados de pesados objetos contra os evolucionistas!
Uma pena que até hoje a elevação da humanidade tenha se dado pela revolução e não pela evolução, pela guerra e não pelo diálogo...
Mas aproxima-se uma nova e radical mudança cultural.
Juntar-se-á aos conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade o quarto conceito que é a tolerância, que não se confunde com conivência ou silêncio temeroso.
A tolerância que somente é gerada pela diversidade cultural e humana e pela convivência (vivência conjunta) já está brotando por todo mundo...
Não se pode tolerar o que se lhe é agradável!
Conviver com o que não se compreende, com aquilo ou aqueles que no íntimo se rejeita é a única forma de realizar uma das facetas mais importantes da Cultura, qual seja a Educação.
O ser humano em muitos lugares e momentos já está educando a si próprio para o exercício da verdadeira tolerância.
Esperamos que ainda possamos alcançar aqueles que antes de nós partiram, assim como esperamos que os defensores dos velhos conceitos compreendam que, sendo velhos, já não atraem por muitas vezes estarem superados.
Atacar métodos de difusão cultural, especialmente àqueles organizados de forma a manterem particular a essência de um grupo, já se nos parece um perigoso levantar de marreta contra todas as conquistas até aqui alcançadas.
Aos defensores do que é novo é bom lembrar que sabedoria se conquista com o envelhecimento e que conselhos devem sempre ser bem vindos.
Aos defensores do que é velho (e nem por isto errado) é importante ressaltar que também eles foram e ainda estão sendo chamados para participar das evoluções que esta sociedade está operando lenta e silenciosamente.
Aos dois grupos abaixo buscaremos demonstrar com imagens que a convivência do velho e do novo é possível e necessária para que a evolução se dê de maneira coesa, limpa e cristalina.
Vamos todos por este e por outros meios trabalhar juntos, lembrando que o grande prazer que pessoas limpas e puras, livres e de bons costumes sorvem dá-se quando estas buscam se conectar.
Cultura e Paz!!!
Grande Secretário de Cultura e Educação Maçônicas do Grande Oriente de São Paulo – G . O . S . P .

[1]  “Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e os privilégios do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776).
Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.”
Fonte - Wikipedia

[2]  “A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Tataks), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até1991.
Os Conselhos Operários ou Sovietes (do russo: сове́т) são colegiados, ou corpos deliberativos, constituídos de operários ou membros da classe trabalhadora que regulam e organizam a produção material de um determinado território, ou mesmo indústria. Este termo é comumente usado para descrever trabalhadores governando a si mesmos, sem patrões, em regime de autogestão.”
Fonte - Wikipedia


[3]  “A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.
Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e do Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa. Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultra marítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.
A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de recuperação econômica e integração política.”
Fonte - Wikipedia

[4]  “A Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas (NU), é uma organização internacional cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações, com o objetivo de deter guerras entre países e para fornecer uma plataforma para o diálogo. Ela contém várias organizações subsidiárias para realizar suas missões.
Existem atualmente 192 estados-membros, incluindo quase todos os estados soberanos do mundo. De seus escritórios em todo o mundo, a ONU e suas agências especializadas decidem sobre questões dessubstantivas e administrativas em reuniões regulares ao longo do ano. A organização está dividida em instâncias administrativas, principalmente: a Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal); o Conselho de Segurança (para decidir determinadas resoluções de paz e segurança); o Conselho Econômico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação econômica e social internacional e desenvolvimento); o Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a ONU), o Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal). Além de órgãos complementares de todas as outras agências do Sistema das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A figura mais publicamente visível da ONU é o Secretário-Geral, cargo ocupado desde 2007 por Ban Ki-moon, da Coreia do Sul. A organização é financiada por contribuições voluntárias dos seus Estados membros, e tem seis idiomas oficiais: Árabe, Chinês, Inglês, Francês, Russo e Espanhol.”
Fonte - Wikipedia

[5]  “A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948 (A/RES/217). Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo - Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros, delineia os direitos humanos básicos.
“Abalados pela barbárie recente e ensejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Ucrânia, em 1945, as bases de uma futura "paz" definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.
“Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais. Especialistas em direito internacional discutem com frequência quais de seus artigos representam o direito internacional usual.
“A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforcem, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
“Segundo o Guinness Book of  World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas (337 em 2008). Em Maio de 2009, o sítio oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos dava conta da existência de 360 traduções disponíveis.”
Fonte - Wikipedia

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