Hoje somos reféns da bandidagem! Não mais podemos sair dos nossos lares com tranquilidade; sequer podemos estar em paz em nossas casas, mesmo que instalados alarmes, cercas elétricas, sensores de presença e outros equipamentos com os quais nos achamos “seguros”, ainda que isto não passe de mera ilusão.
Infelizmente registro que, nestes últimos sete dias, pelo menos um irmão, uma cunhada e a genitora de um irmão foram alcançados pela violência: o primeiro, baleado com arma de fogo por três marginais na porta de sua residência quando festejava o São João com seu filho; a segunda, arrastada de dentro de seu veículo ao estacionar para fazer compras, sob a ameaça de uma faca, tendo sido atirada no chão e tido os seus pertences pessoais, cartões de crédito, documentos e o próprio veículo subtraídos; e a terceira, heptagenária, com problemas cardíacos, agredida em sua própria casa sob a ameaça de faca e com perda de bens materiais e de valor sentimental, além de ter tido complicações cardíacas que a levaram à urgência hospitalar.
Estes são casos mais conhecidos. Mas, quantos mais estão a ocorrer no dia-a-dia, com execuções sumárias a troco de nada, furtos eroubos de todas as espécies e modalidades, o crime grassando impunemente em todos os lugares? Precisamos começar a dar um BASTA nesse estado de coisas! Não podemos mais admitir passivamente esses acontecimentos!
Vamos exigir dos poderes constituídos uma tomada de posição: do Poder Executivo, a colocação de policiamento ostensivo nas ruas, com aumento do contingente atual; melhor aparelhamento das polícias militar e civil de modo a que, em um mesmo pé de igualdade com os modernos equipamentos utilizados pelos marginais, tenham eles condições de oferecer segurança à população, posto ser seu dever fazê-lo nos moldes do preceito contido no art. 5º da Constituição Federal: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;” do Poder Legislativo, a edição de leis que visem a punições mais severas aos envolvidos com crimes hediondos e tráfico de drogas – quiçá o principal agente motivador da violência atualmente verificada em nosso Estado –, com aumento de penas e previsão de trabalho para os apenados, tornando-os úteis à sociedade e não seus hóspedes nas prisões, onde traficam drogas e maquinam novas ações contra a população, ainda que presos; do Poder Judiciário, a aplicação rigorosa da Lei, sem flexibilizações ou benesses, de modo que a pena imposta seja a efetivamente cumprida.
Vamos discutir esses assuntos no âmbito do Tratado de Amizade com os demais Grãos-Mestres, de modo que a Maçonaria Norte-rio-grandense tome uma posição conjunta acerca dessa questão que diz respeito a toda a Sociedade. Não podemos cruzar os braços, e pensar que somente podem os males ocorrer com o nosso vizinho. Todos estamos passíveis de sermos as próximas vítimas!
Antônio de Brito Dantas
Grão-Mestre
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