Discurso do Sereníssimo Grão-Mestre Irmão Rubens Ricardo Franz no Dia do Maçom em Brasília representando a COMAB como seu Vice-Presidente.
HOMENAGEM A MAÇONARIA BRASILEIRA
Em cumprimentando o Senador Mozarildo Cavalcanti, nosso irmão, cumprimento todos os Senadores e autoridades aqui presentes, nossos irmãos, cunhadas, senhoras e senhores.
Esta nossa Maçonaria brasileira, estruturada em três grandes colunas: o Grande Oriente do Brasil, a muito respeitável Grande Loja e os Orientes Independentes, comprova a intensa luta pela democracia, verdades, liberdades e progresso.
Aqui registramos uma verdade implícita: a Maçonaria brasileira nasceu sob a égide dos ideais libertários e da democracia, como praticante da verdade. Nesse sentido, os maçons, além de serem guardiões desses postulados junto à sociedade, devem crer e atuar para que isso também ocorra.
Senador Mozarildo, Senador Cristovam, Senador Mão Santa ... a Maçonaria brasileira deve orgulhar-se dessas três grandes colunas fraternas. Estas, somadas nos seus esforços individuais, demonstram os seus valores e sua determinação em prol de verdadeiras causas sociais, mas necessitam, sim, de convergência e unidade em alguns projetos estaduais e nacionais.
Assim, neste momento, digo-lhes: Maçons, alerta!
- Aposentai os dirigentes e lideranças que não compreendem e não compreenderam a evolução e as lições da história brasileira.
- Contribuí para que a integração, a fraternidade, a unidade da nossa Nação e a vocação de crescer com solidariedade sejam a tônica deste nosso querido Brasil varonil.
- Atuai para que o nosso querido Brasil, no seio da sua sociedade, aposentando todos aqueles que, após tantas e tantas décadas, continuam atuando no Poder ou mesmo nas fronteiras deste, de maneira a impor ao brasileiro o descalabro de assistir a peças degradantes de conchavo e a imoralidades.
Fazemos esse alerta neste dia, após “dias de chamas”, sob o olhar de Rui Barbosa, irmão patrono desta Casa.
Para isso e por isso, em vista dos recentes acontecimentos que chocam os cidadãos de bem, conclamamos todos os maçons a manifestarem os seus protestos pela lamentável situação criada por algumas lideranças que não primam pela ética, pela moral e nem mesmo pelo cumprimento das leis.
Lembramos o que afirmou um notável norte-americano, o Pastor Martin Luther King, Prêmio Nobel da Paz e um dos líderes da defesa dos direitos humanos em seu país e no mundo, que disse ele certa vez: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos inocentes”.
Nós, Maçons - irmão Mozarildo - não estamos inertes ou calados, pois, desde o primeiro instante, aliados a outras instituições, estamos incorporados a verdadeiras e intensas campanhas de combate à corrupção.
Dessa forma, em respeito ao histórico e dignificante passado da Maçonaria brasileira, exortamos todos os maçons e cidadãos de bem a permanecerem alertas e à ordem, prontos para agir, contra os desmandos e a corrupção de uma minoria de maus brasileiros, os quais deveriam primar como exemplos de cidadania e decência, priorizando o bem-estar do povo brasileiro, com dedicação pessoal e sem ambições aviltantes.
Finalizando, lembrando a corrupção dos homens públicos da época, renovamos aqui a célebre e oportuna indagação de Cícero, cônsul romano, com a respectiva tradução: “Até quando, ó Catilina, abusarás de nossa paciência?”.
Depende a resposta, hoje, de nós, homens de bem e verdadeiros patriotas.
Maçonaria, levantai das bases e avançai líder para com a união fraterna, integrada e somada às virtudes, para consolidar um velho e antigo sonho, a Maçonaria Unida Brasileira unida. Agindo em prol do nosso querido Brasil.
Maçons, há muito deixamos de construir templos em pedra para construirmos uma nova ordem social. E como? Mediante a construção de templos interiores, no coração e na mente de homens livres e de bons costumes.
Continuemos firmes no esforço de formar o homem maçom, e este, construir-se num verdadeiro conspirador de transformações no seio da sociedade. Conspiradores para as transformações sociais.
Finalizando, vale citar um grande irmão, Jorge Vallejos (ex-Grão Mestre da muito respeitável Grande Loja da Argentina), que disse: “A ação maçônica é o Homem, e seu objetivo, a formação de Homens melhores. A Maçonaria compreende e sustenta que a sociedade é o reflexo dos indivíduos que a compõem e que, na medida em que esses Homens se convertem em virtuosos, a sociedade toda se beneficia. Porém, essa dimensão humana não se esgota em um pacto moral, ultrapassa-o e supera-o, justamente com a Iniciação”.
Muito obrigado.
Durante o coquetel comemorativo, o Grão-Mestre fez o sorteio da rifa de um relógio com símbolo maçônico, que em primeira chamada coube ao GOIERN, mas o GM declinou e foi chamado um novo número, que saiu para o Irmão Ivan de Souza Cruz, pertencente aos quadros da Loja Padre Miguelinho.
